Pelo seu interesse e como é nosso hábito, aqui partilhamos um resumo:
Conceber a liberdade humana exige inquirir o que seja o Homem. Para as correntes espirituais que bebem no hinduismo, no judaísmo, no cristianismo e para as tradições humanistas que lançam raízes na tradição greco-romana, o Homem encontra-se a caminho do divino. Quando mais julgar possuir liberdade absoluta maior a queda. A liberdade joga-se no tempo e na alteridade, mas sem referência à verdade o desejo de liberdade, o poder ser perde-se.
Não há liberdade sem obstáculos. As teses contratualistas fizeram-nos crer que o Estado é um bem, um garante da justiça. A crise atual, que é económica mas não só, retira aos estados capacidade de salvaguardar as liberdades. Chegámos aqui conduzidos por uma economia sem ética. Se não formos capazes de instaurar uma era económica assente numa ética global é todo uma civilização que ameaça ruir.
Nestes tempos de incerteza urge perguntar de novo: o que é verdadeiramente ser homem? Procurar ver sem olhos culturais, despojar-se de todas as formas, sentir tudo de todas as maneiras, ser sincero ainda que contradizendo-se em cada instante, ver sem ponto de vista. Servir um só Senhor, a Verdade.
Sem comentários:
Enviar um comentário