sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Problemática da Felicidade


A problemática da FELICIDADE está em cima da mesa. Talvez porque filosoficamente é um conceito muito difícil.


O contexto social em que vivemos sugere tratamento, diálogo e debate. Daí o nosso interesse em proporcionar um Encontro no dia 8 de Novembro, 2ª feira, pelas 18h na nossa Escola Jaime Moniz, Auditório 1, com esta temática.




Como sempre , insere-se na rubrica "Nós e os Outros".





Responsáveis pelas Comunicações estarão a Professora Doutora Maria do Carmo Trindade Rocha e a Dra. Graça Alves, sobejamente conhecidas de todos.




Teríamos muito gosto que estivessem connosco, já que é tão difícil hoje estarmos juntos com frequência. A nossa vizinhança, como sabem, é cultural e afectiva...A nossa orografia e os afazeres tendem a separarem-nos e isso não queremos.




Tragam amigos...




Aqui partilhamos o resumo desta comunicação:




A felicidade, acto cognitivo e volitivo, pode estar associada a factores internos e externos.
O ser feliz é uma atitude perante a vida, apoiada sobre a construção do eu, em busca do sentido da própria vida. O ser feliz reside na procura, dentro de nós próprios, do significado da nossa vida, através do modo como vivemos e da leitura que fazemos das oportunidades ao longo da nossa existência e que vão surgindo em vários “aqui” e em distintos “agora”. Ser feliz traduz-se na abertura a si, ao outro e ao mundo, e supõe reflexão e flexibilidade, condições essenciais para que a procura não seja auto-centrada nem redutora. Ser feliz implica uma busca pessoal, livre e autónoma, consciente e responsável. Ser feliz é manter a capacidade de reencontrar-se, de deslumbrar-se, de maravilhar-se com aquilo que de muito bom acontece cada dia, discretamente, e que a rotina pode subestimar. Daí a necessidade de investir na construção da Pessoa e de promover a literacia afectiva e emocional.
Tudo está dentro de nós, no modo como vivemos e na leitura que fazemos das nossas vivências. Embora factores externos possam, muitas vezes, ultrapassar-nos, a nível interno, podemos e devemos procurar o sentido da nossa vida e o significado das decisões que, permanentemente, tomamos e das opções que fazemos, e que configuram a construção do nosso projecto de vida.

Reconhecido e reclamado o direito a ser felizes, assumimos o dever de investir na nossa felicidade. Sê-lo-emos sozinhos? Como consideramos o outro nas nossas vidas? Segundo as teorias de Piaget e de Rogers, tornamo-nos tanto mais pessoas quanto mais nos descentrarmos de nós próprios e interagirmos com os outros, numa dialéctica de relações interpessoais, sem nunca esquecer a dignidade própria e do outro, contribuindo para o nosso desenvolvimento e para o de outros seres humanos. Ninguém é feliz sozinho! Precisamos dos outros, que nos ajudam a ser felizes.



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